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segunda-feira, 4 de julho de 2011

O RISOTO É, NA VERDADE,...

um prato criado por acaso no ano de 1574, em Milão, pelo artista e amante da boa cozinha Valério Di Fiandra. A lenda conta que o artista trabalhava nos vitrais da Catedral Duomo di Milano em que colaboravam carpinteiros, arquitetos e pintores. Ao final do dia, reuniam-se todos em um Taverna, próxima ao local, e por lá ficavam comendo e bebendo. Um dos alunos do mestre Valério, apaixonado pela cor do açafrão, sempre colocava umas gotas da especiaria nos vitrais quando os acabava. O mestre sempre o cutucava dizendo "qualquer dia você vai colocar o açafrão no risoto", prato que pediam na taverna. Foi, então, que no dia do casamento da filha do artista que após segui-lo todas as noites para ver o que se passava na Taverna, local proibido para ela, teria se apaixonado pelo filho do dono, o tal aluno subornou o cozinheiro e jogou açafrão no risoto que seria servido. Todos os convidados se surpreenderam com aquela cor amarela e com o sabor esquisito (em castelhano significa "maravilhoso") e assim surgiu o que chamaram de Risotto Alla Milanese. Demais saber isso, não é? A história das comidas é sempre muito divertida. Mesmo que não seja totalmente verdade ou que tenha sido meio romanceada o fato é que o prato é mega gostoso e Euzinha aqui está fazendo várias experiências. Segue, primeiro, o prato clássico e depois vou passar os meus. Buono Apetit!!
INGREDIENTES ( para 4 pessoas bem comilonas!)
200 grs de arroz arbóreo (ou 2 xícaras de chá)
1/2 cebola ralada
1 taça de vinha branco seco
1 dente de alho ralado
3 colheres (sopa) de manteiga (não coloque margarina)
1 colheres (sopa) de azeite
1 colher (sobremesa) de açafrão
50 gr de queijo parmesão ralado
4 xícaras (chá) de caldo de carne (pode ser de galinha)
*Sal e Pimenta, se desejar.
PREPARO
Coloque o açafrão em um copo com água quente para que ele solte a cor e o aroma. Em uma panela de boca grande e alta, coloque a manteiga, a cebola, o alho e o azeite. Refogue tudo "com jeitinho", devagar...coloque o arroz, frite-o por uns três minutinhos e rapidinho despeje o vinho...deixe o álcool reduzir um pouco e vá acrescentando o caldo de carne ou de galinha (o gosto é seu) concha a concha (sem crase mesmo, não se assuste, porque você já deve ter lido com o acento, mas ele não existe entre palavras repetidas), jogue também o caldinho do açafrão e pronto e por último, jogue o queijo ralado (eu gosto de colocar também catupiri (a outra escrita é a marca, tá?). Bem, essa é a base do risoto. O certo é deixar o arroz empapado mesmo, termine as conchas, abaixe o fogo e deixe cozinhar . Quando estiver secando, tampe e deixe descansar por uns 5 minutos.
Essa é a base do risoto, o complemento é por sua conta, pode ser : tomate seco e rúcula; palmito (eu fiz ontem!); qualquer tipo de peixe cortado em cubos (os melhores são o salmão e o atum - marine-os em um pouco do vinho e limão com pimenta do reino, hummm é demais!); camarão (faça o mesmo); peito de peru ou só de queijos mesmo. Esses sabores eu já experimentei e aprovo todos, podem fazer sem susto! Mas o bom do risoto é que ele aceita qualquer ingrediente sem preconceito, e vamos combinar que estamos vivendo tempos de "Não ao Preconceito"!! (Essa foi péssima...prometo melhorar... tentando...) Beijocas da Euzinha!!

sábado, 8 de janeiro de 2011

E o Ceviche, então...

Gente, o que é isso?! Nunca tinha comido antes, mas vi dias antes do Natal o programa do Olivier (esse ,sim ,é dos Deuses!!), bem, e ele fez o tal do ceviche na França...muito pesquisadora que sou, Euzinha, aqui , foi procurar todas as informações sobre o tal prato. Descobri que ele é de origem da América do Sul, não se sabe ao certo se é original do Peru ou do Equador, bom, o fato é que, também no Mercadão, comprei pescada branca - sem espinha alguma – (pode ser feito com camarão, salmão ou qualquer outro peixe de sua preferência, apenas é aconselhável não misturar sabores) e pedi para que a embalassem a vácuo - ela só seria usada no Ano Novo e teria que resistir à viagem – Os outros ingredientes são :

500 gr de pescada branca
40 ml de suco de limão
1/2 unidade(s) de abacate
20 gr de pimentão amarelo em cubos pequenos
20 gr de pimentão vermelho em cubos pequenos
20 gr de ciboullete picada(s)
3 gr de gengibre ralado(s)
1/2 unidade(s) de cebola roxa picada(s)
2 colher(es) (sopa) de shoyu
quanto baste de óleo de gergelim torrado

Cortei o s filés em tiras finas (mais ou menos 1cm) e as fui colocando em uma travessa funda. Acrescentei o suco do limão siciliano ( mexa bem delicadamente), gengibre ralado ( o quanto gostar, mas cuidado porque ele é forte) , salsinha e a cebolinha picadinhas, a cebola roxa em lascas finas, o shoyo e o azeite de gergelim ( se preferir substitua-o por azeite extra virgem ou virgem, ou ainda frite um pouco de gergelim em azeite, o efeito é o mesmo, os pimentão verde e o vermelho (não comprei amarelo) e misturei tudo delicadamente. Aí, foi só deixer marinando, na geladeira por umas boas 5 horas, para servir como entrada.
No instante da ceia (na verdade eram umas oito e meia da noite...minha família é muito esfomeada, vcs sabem...) , montei o prato assim: prato pequeno, tipo sobremesa, algumas folhas de alface americana entre algumas roxas, umas duas colheres de sopa de Ceviche no meio delas, salpiquei gergelim preto (é muito lindo e afrodisíaco - não que eu tivesse alguma intenção com isso...), e coloquei duas torradas ao lado. Pessoal!!O que foi isso...ninguém consegui falar nada, era um tal de humm, de cá...humm, de lá...que só vendo para acreditar!!

Comeram meu Bacalhau sem ...

deixar nem o azeitinho que normalmente fica no prato, sabem? Tudo bem, também, que ele estava D-I-V-I-N-O-, sem modéstia alguma , mas uma lasquinha ,pelo menos , é chique!!
A receita foi dos Deuses (força de expressão, apenas), melhor dizendo, foi dos azeites, sim, porque o tal bacalhau – comprado no Mercadão - , depois de dessalgado, ficou submerso em 2/3 de azeite extra virgem ( Carbonel español, não é propaganda, poderia ser Gallo ou outro de igual qualidade...), cozendo por 25 minutos em fogo baixo apenas com uma folha de louro e dois dentes de alho levemente esmurrados.
Em outra panela, fiz a mesma coisa com outras postas do bacahau, mas acrescentei três batatas cortadas em rodelas pré-cozidas e deixei pelo mesmo tempo...Em outra panela, ainda, fiz uma receita , pela primeira vez,e que vocês podem confiar:vai dar certo, que é assim: azeite – um ou dois dedos-, uma ou duas cebolas cortadas em lascas finas. Ponha o azeite para aquecer e jogue as cebolas. Deixe-as “fritando” mexendo de vez em quando. Não se assuste porque parece que elas vão queimar, mas isso não acontece. Quando estiverem bem moreninhas, tire-as com uma escumadeira e reserve-as (não é preciso escorrê-las em papel toalha, porque o toque do azeite não faz mal à saúde!).
Depois, no momento da ceia, arrumei o prato com folhas de alface americana, alface roxa, arroz, uma posta de bacalhau, salpiquei cebola crocante por cima e duas batatas ao lado, reguei tudo com um pouco do azeite e...foi como eu disse: não sobrou nem o azeitinho!!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tempos de festas é sempre...

assim...a gente quer fazer todas as comidas que sabe (ou pensa que sabe) para serem comidas na mesma noite...então, chegam a sua casa seus parentes, alguns você vê com mais frequência - irmãos, pais e alguma tia- outros esperam o ano todo para chegar o momento de irem a sua casa (e comentar tudo...), querem saber se seus filhos namoram, quem é o sortudo (a) (mas estão morrendo de inveja...), se houve alguma alteração de móveis novos, enfeites e, claro, se você engordou ou não (lógico que torcem para que os quilos a mais tenham feito parte de seu ano, mas são capazes de dizer "você está bem!" - não caia nessa, o que a parentada quer mesmo é que você exploda de comer tanto...) Bem, e depois dos cumprimentos e falatório alto, todos os cômodos da casa já foram "visitados", hora de checar as comidas...quem fez o que...se um prato é maior do que o que o outro trouxe e todas essas minúcias que compõem o Natal...e ainda chamam a isso de noite feliz??

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"Eu pensei que todo mundo...

fosse saber o que fazer para a ceia do Natal, mas a realidade é outra...meu telefone não para (sem acento, não aguento...ah! sem acento tambémm!!)de tocar e centenas de amigas querem dicas para (este, preposição) um jantar bem especial ao som de Roberto Carlos (não pode faltar, senão minha irmã infarta, ela e a Hebe qualquer dia vão se estapiar...kkkk), bem , mas voltando ao assunto, pensei em comidinhas leves, lindinhas, coloridas e, o Papai Noel que me desculpe, mas com todo esse nosso calor não dá para ser diferente, né? Então, lá vai...receitas veranicas...
SALADA DEMAIS
1 dente de alho
folha de alface americana
folhas de alface roxa
folhas de rúcula hidropônica
folhas de agrião hidropônica
tomates cereja
cebola roxa (é bem doce essa cebola)
cebola branca
1 manga hadden (fatiada com casca)
*opcional: mangericão/coentro/cebolinha/salsinha
**molho especialíssimo:1/2 copo americano de AZEITE de oliva ou extra virgem de oliva; 1/4 ml de vinagre balsâmico; orégano; pimenta do reino (e se a turma gostar troque por pimenta dedo-de-moça cortada em fatias bem finas);1 colher de sobremesa de mostarda preta. Para dar um visual "demás" salpique por último um grão chamado semente de papoula (além de tudo é afrodisíaco...) .

MONTAGEM da coisa:

Tire a casca do alho, parta-o ao meio e esfregue-o em toda a travessa que for escolhida para montar a salada (se você estiver na praia, dê um toque rústico e use uma saladeira de madeira formato cuia, sabe? O alho passado nela fica demais...); corte as folhas com a mão (não use de jeito nenhum faca ou algo de metal, ela murcha as folhas) sem uma ordem definida , jogue umas depois outras...no meio delas que se amontoam, coloque as fatias de manga meio em pé

domingo, 14 de novembro de 2010

É "paella" ou para "nossotros"? Porque a...


piada em castelhano é essa. Claro...você não entendeu nada, né? É assim: o prato espanhol conhecido como Paella ( que o brasileiro diz "paelha") em castelhano a pronúncia significa "para ela" e aí vem a piadinha de "para ela" ou "para nós?"...entendeu? Claro, mas deixe pra lá, nem é tão engraçado assim...O bom disso tudo é que fiz uma "paellita" "caserita" para nós quatro e nem te conto como foi!! Há muito mito sobre fazer o prato, dizem que é super difícil, mas não mais que fazer uma feijoada. O que mais dá trabalho, por assim dizer, é preparar tudo que vai nela, antes de iniciá-la, mas leva no máximo 30 min. Então, vamos lá!

Para 4 pessoas: pegue sua maior frigideira e coloque azeite cobrindo o fundo dela e reserve-a; tire a pele de dois ou três tomates vermelhos, pique-os e reserve-os; pique uma cebola grande e dois dentes de alho, reserve; corte em tiras finas um pimentão verde e um vermelho, reserve; abra uma lata de ervilhas, escorra a água e reserve. Se você tiver alguma parte de um frango (separe uns quatro ou cinco de asa, coxinha da asa ou mesmo um peito cortado em quadradinhos pequenos), escalde-os e reserve. Pegue o arroz ( sua marca do dia-a-dia) e reserve 1 xícara e meia (na Espanha, calcula-se um punhado de arroz por pessoa...interessante, né?). Bem...continuando, pegue o camarão (500grs) e a lula(500grs) já lavados em água corrente, coloque-os em um pirex e tempere com um pouco de sal e limão, reserve. Esses mariscos são os básicos, mas se for caprichar compre vôngole - 500grs - (a conchinha, sabe?) e lave-os em água corrente, esfregando-os para não deixar nenhuma casquinha possível de cair na paella, é horrível se acontecer. Depois, ferva-os com um limão, por aguns minutos, até que estejam abertos. Desligue o fogo e deixe-os lá, na água. Agora, que tudo está pronto, vamos começar:

Coloque a frigideira ,com o azeite, no fogo; coloque o frango de sua escolha para fritar nesse azeite e deixe-o até que esteja bem fritinho (mexa o tempo todo); despeje a cebola e o alho picados; despeje os pimentões e mexa tudo bem. Quando estiver tudo bem refogadinho, despeje a lula e os camarões, mexa bem até mudarem de cor (ficam meio rosinha, quase com cara de cozidos); despeje, então, as conchinhas (o vôngoles - apenas os que estiverem com a casca aberta, os fechados estão mortos e com areia, jogue-os fora). Mexa tudo bem. Por fim despeje o arroz, mexa-o misturando-o aos mariscos e acrescente 3 cubos de caldo de camarão ou de peixe ( caso não encontre - está meio sumido do mercado-, pode substituí-los por caldo de galinha. Povilhe uma duas colherinhas de açafran (um pozinho amarelo - encontra-se facilmente em bons supermercados e sacolões), misture bem deicadamente e acrescente três xícaras da água do vôngole (se vc quiser,pode cozinhar as cascas do camarão que seu peixeiro limpou do mesmo jeito que fez com o vôngole) ou do camarão. Despeje as ervilhas, jogue uns três ou quatro ramos de salsinha e esprema um limão. Abaixe um pouco o fogo e deixe ir secando o arroz (não mexa mais) . Se for necessário, acrescente um pouco mais de água, você saberá se o ponto da paella está pronto ao colocar uma colher de pau no centro de sua frigideira, na vertical, e ela não cair. SUCESSO TOTAL!!! Sirva-a, em seguida. Acompanhe com uma bela salada de folhas, tomate e pedaços de atum (em água e sal solido, não compre o que vem em óleo...) e parafraseando aquela personagem da Glória Perez " coma, coma, coma, coma, coma...kkkkkkkk" A Euzinha aqui garante que não vai sobrar nadica de pitibiriba!!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Domingo, pé de cachimbo...

e quem inventou essa de que cachimbo tem pe´? Oh, coisa esquisita...Bem, com ou sem pé, meu cachimbo é de paz - meio Gabriel, O Pensador - e etc e tal...e como tô de bobeira porque meus filhotes me abandoram (temporariamente, namorada e namorado...) não fiz almoço. Nada super decretado, apenas abri a geladeira, olhei...ohei...e vi que havia guardado parte de um cozido espanhol feito pela mami, no sábado. No Brasil, esse prato é chamado de puchero e leva carnes de porco, de boi, grãos e legumes, além claro do caldo que se forma e que com ele fazemos uma sopa. Então, vamos a ele e ao que fiz com ele:

O caldo, guardei-o, pois está calor demais...peguei uma panela baixa e larga e nela coloquei o grão de bico (tudo aqui já está cozido) em um "canto" da panela, ao lado as cenouras e o chuchu, alo lado alguns pedaços de presunto cru (marca Pata Negra - bom e caríssimo...), morcillla (em português Morcela), chorizo espanhol e algumas fatias de cebola. Tudo isso regado - como sempre - por um bom azeite. Em fogo baixo, deixei que fosse fritando, fritando e, de vez em quando, mexia um pouco, mas sem desorganizar a ordem estabelecida (nada pessoal, entende?). Continuando...em outra panela, coloque água e quando ferveu joguei o arroz de preguiçoso - sabe, aquele arroz que vem dentro de um saquinho todo furadinho, parbolizado, e rende para duas pessoas, não gruda ou empapa de jeito nenhum? Esse mesmo, mas, como sempre vcs sabem, Euzinha tem um truquinho básico para não comprometer a limpeza de seu fogão, sim, porque quando vc o faz seguindo as instruções "jogue o saquinho, coloque sal e deixe cozinhar por 20 minutos" a água espirra para tudo que é lado e seu fogão, ao final, parece ter estado no terremoto do Haiti (que brecha...), então, um dia desses, minha filhota foi fazer o tal arroz e como não sabia de todo esse procedimento técnico, simplesmente rasgou o saquinho e jogou o arroz. Além de ele não espirrar para lado nenhum, dá para temperá-lo a gosto, pois vc vai coá-lo e não apenas resgatar das profundezas da panela um arroz aprisionado. Assim sendo, joguei o tal arroz, acrescentei cebola e alho raladinhos, um fio de azeite, sal e deixei por 20 minutos. Provei (pois dessa maneira dá para prová-lo) e o escorri. Coloquei-o em uma tigela funda, pequena, branca e reservei. Em uma outra combuquinha branca e funda, coloquei algumas folhas de alface lisa, tomate cereja inteiro ( A D O R O esse tomatinho meio doce), umas lasquinhas de cobla roxa (ela é mais doce que a cebola branca, não arde os olhos e dá um colorido lindo na salada, experimente!) e pepinho picadinho. O molho para ela fiz a parte, vcs já sabem : azeite, mostarda amarela, sal, pimenta do reino, orégano e vinagre (hoje coloquei Balsâmico, que é muito especial), mexi bem com um garfo para misturar bem todos os aromas e servi entre os dois potinhos de salada ( a da Euzinha e a do maridão ). Então o almoço ficou assim: saladinha com molho especial da Euzinha, arroz parbolizado e o mistinho de cozido espanho fritinho - tudo "-inho", mas tudo "-ão", muito "bão", e quem assina é a Euzinha aqui...Até!!